UFPE - PRÁTICAS 1 - 2010


UFPE (CAC-LETRAS)
LICENCIATURA EM LÍNGUA PORTUGUESA E LÍNGUA ESPANHOLA
DISCIPLINA: PRÁTICA DO ENSINO DE LÍNGUA ESPANHOLA 1
SEGUNDO SEMESTRE DE 2011
Vicente Masip

Carga horária: 150 horas, distribuídas da seguinte forma:

  • 45 horas de orientação, em sala de aula, com o professor supervisor;
  • 29 horas de estágio de observação de outras disciplinas (matemática, português...);
  • 50 horas de estágio de observação geral e específica de língua española;
  • 12 horas de estágio de complementação sócio-cultural (funcionamento de uma escola, atividades culturais relativas à língua espanhola: filmes, exposições, teatro...).
  • 12 horas para a sistematização dos relatórios (um total de quatro, mais uma resenha).
  • 2 horas de entrevista final.




Bibliografia
ABUD, M. J. M. 1987. O ensino da leitura e da escrita na fase inicial da escolarização. São Paulo: E.P.U.
AEBLI, H. 1982. Prática de ensino. São Paulo: E.P.U.
ALENCAR & FLEITH. 2001. Superdotados: determinantes, educação e ajustamentos. São Paulo: E.P.U.
ALLUÉ, J. M. 1999. Cien juegos para todo el año. Barcelona: Parramón.
ALMENARA et alii. 1999. Prácticas fundamentales de Tecnología Educativa. Barcelona: oikos-tau.
ALONSO, E. 1994. ¿Cómo ser profesor/a y querer seguir siéndolo? Madrid: Edelsa.
BATLLORI, J. 2000. Juegos para entrenar el cerebro. Madrid: Narcea.
BELLO, P. et alii. 1990. Didácticas de las segundas lenguas. Madrid: Santillana.
BIGGE, M. L. 1977. Teorias da aprendizagem para professores. São Paulo: E.P.U.
BOHN, H. e VANDRESEN, P. 1988. Tópicos de Lingüística Aplicada (o ensino de línguas estrangeiras). Florianópolis: Ed. da UFSC.
BUENO et alii. 2000. A vida e o ofício dos professores. São Paulo: Escrituras.
CARRATALÁ, F. 1997. Manual de ortografía española. Madrid: Castalia.
COLL, C. et alii. 1999. El constructivismo en el aula. Barcelona: Graó.
CÓRIA-SABINI, M. A. 1986. Psicologia aplicada à educação. São Paulo: E.P.U.
CULTURAL. 1999. Diccionario de Pedagogía y Psicología. Madrid: Cultural.
DEMO. 2000. Educar pela pesquisa. Campinas: Autores Associados.
DEPRESBITERIS, L. 1989. O desafio da avaliação da aprendizagem. São Paulo: E.P.U.
DOMECH et alii. 1996. Animación a la lectura. ¿Cuántos cuentos cuentas tú?. Madrid: Popular.
FABRAS, M. Ll. & DOMÈNECH, M. 2000. Hablar y escuchar. Relatos de profesores y estudiantes. Barcelona: Paidós.
FARIA FILHO (org.). 2000. Modos de ler, formas de escrever. Belo Horizonte: Autêntica.
FARIA, W. de. 1987. Teorias de ensino e planejamento pedagógico. São Paulo: E.P.U.
FEIJÓO H. e BALBINA, L. 1992. Dicionário de falsos amigos do espanhol e do português, São Paulo: Embaixada da Espanha.
FERNANDES, M. N. 1988. Técnicas de estudo. São Paulo: E.P.U.
FERNÁNDEZ D. R. 1994. Jugando y aprendiendo español. Montevideo: Oltaver.
FERNÁNDEZ, S. 1997. Interlengua y análisis de errores. Madrid: Edelsa.
FERRERIA & SILVA JÚNIOR. 1986. Recursos audiovisuais no processo ensino-aprendizagem. São Paulo: E.P.U.
FONTANA. 2000. Como nos tornamos professores?. Belo Horizonte: Autêntica.
FREEMAN & GUENTHER. 2000. Educando os mais capazes. São Paulo: E.P.U.
GARCÍA S., A. 1995. El currículo de español como lengua extranjera. Madrid: Edelsa.
GATTI. 2000. Formação de professores e carreira. Campinas: Autores Associados.
GIOVANNIN, A. et alii. 1996. Profesor en acción. Madrid: Edelsa.
GOMES & SENA (org.). 2000. Dificuldades de aprendizagem. Belo Horizonte: Autêntica.
HALLIDEY; MCINSTOSH e STREVENS. 1974. As ciências lingüísticas e o ensino de línguas. Petrópolis: Vozes.
HERNÁNDEZ et alii. 2000. A preocupação com as inovações nas escolas. Porto Alegre: ARTMED..
IRANZO, A. A.; MILLA., F. e OLAORTUA L. P. 1990. Lengua española para formación del profesorado. Madrid: Playor.
KAPPAPORT, C. R. (org.). 1985. Psicologia da aprendizagem. São Paulo: E.P.U.
KIRKPATRICK, D. L. 1999. Evaluación de acciones formativas. Barcelona: Gestión.
LEMBO, J.M. 1975. Por que falham os professores. São Paulo: E.P.U.
LIBÂNEO, J. C. 1994. Didática. São Paulo: Cortez.
LIPSKI, J. M. 1996. El español de América. Madrid: Cátedra.
LLOBERA, M. et alii. 1995. Competencia comunicativa. Madrid: Edelsa.
LOMAS, C. e OSORO, A. Comp. 1993. El enfoque comunicativo de la enseñaza de la lengua. Barcelona: Paidós.
MACHADO, N. J. 1997. Cidadania e educação. São Paulo: Escrituras.
MAGRO, M. C. 1979. Estudar também se aprende. São Paulo: E.P.U.
MÃO DE FERRO, A. 1974. Métodos e técnicas pedagógicas. Lisboa: Colibri.
MARTINS DA COSTA, D. N. 1987. Por que ensinar língua estrangreira na escola de 1º grau. São Paulo: E.P.U.
MASIP, V. 2000. Fonologia e Ortografia portuguesas. Um curso para afabetizadores. São Paulo: E.P.U.
MASIP. V. 2003. Español avanzado. Estrategias distintivas de lengua hablada y escrita. Recife: AECI/Bagaço.
MASIP, V. 2004. Semântica. Curso-oficina sobre sentido e referência. São Paulo: E.P.U.
MASIP, V. 2005. La enseñanza sistemática de español mediante textos. AECI/Bagaço.
MATTOSO C., Jr. 1972. Estrutura da língua portuguesa. Petrópolis: Vozes.
MIKUZAMI, M. G. N. 1978. Ensino: as abordagens do processo. São Paulo: E.P.U.
MIR, C. et alii. 1998. Cooperar en la escuela. La responsibilidad de educar para la democracia. Barcelona: Graó.
MOREIRA, M. A. 1999. Teorias de aprendizagem. São Paulo: E.P.U.
MUÑOZ L, J. 1992. La adquisición de las lenguas extranjeras. Madrid: Visor.
NEVES, M. H. M. 2000. A preocupação com as inovações nas escolas. Porto Alegre: ARTMED.
NEVES, M.A.M. 1985. Ensinando e aprendendo história. São Paulo: E.P.U.
NICOLAU & MAURO. 1986. Alfabetizando com asucesso. São Paulo: E.P.U.
PEREIRA. 2000. Formação de professores. Belo Horizonte: Autêntica.
PFROMM NETTO, S. 1987. Psicologia da aprendizagem e do ensino. São Paulo: E.P.U.
RIOS. J. A. 1987. Educação dos grupos. São Paulo: E.P.U.
SÁ BARRETO. 2000. Os currículos de ensino fundamental para as escolas brasileiras. Campinas: Autores Associados.
SAVIANI. 2000. Educação brasileira. Campinas: Autores Associados.
SHEPPARD, W. C. 1986. Como ser um bom professor. São Paulo: E.P.U.
SILVA, T. M. N. 1990. A construção do currículo na sala de aula. São Paulo: E.P.U.
SIPAVICIUS, N. 1987. O professor e o rendimento escolar dos seus alunos. São Paulo: E.P.U.
SKINNER, B. F. 1975. Tecnologia do ensino. São Paulo: E.P.U.
SLAGTER, P.J. 1979. Un nivel umbral. Strasburgo: Consejo de Europa.
VAN PASSEL. 1983. Ensino de línguas para adultos. São Paulo: PIoneira.
VEIGA et alii. 1997. Didática: o ensino e suas relações. São Paulo: Papirus.
WIDDOWSON, H.G. 1991. O ensino de línguas para a comunicação. Campinas: Pontes.
WRAY, D. & LEWIS, M. 2000. Aprender a leer y esCribir textos de información. Madrid: Morata.




Locais de estágio: Escolas públicas e privadas de Ensino Fundamental e Médio, Escolas Técnicas, Núcleo da Línguas da UFPE e Centros de Línguas do Recife.

Objetivos específicos

O aluno já mostra habilidade e destreza no uso do espanhol falado e escrito, uma vez que cursou 6 estágios específicos de língua e 3 de literatura, perfazendo um total de 38 créditos, ou 570 horas / aula. Trata-se, agora, de
  • fornecer subsídios ao futuro professor para que consiga observar com proveito atividades didáticas gerais e específicas de língua espanhola.
  • alertar o futuro professor (aproveitando a própria experiência e elaborando orientações específicas) sobre as interferências linguísticas fonéticas y ortográficas decorrentes da língua materna, que o aluno brasileiro nordestino, via de regra, enfrenta quando aprende espanhol.
  • identificar e aproveitar, ao longo desse processo de aprendizagem, as interferências linguísticas maternas positivas; identificar, diagnosticar e superar as negativas.
  • capacitar o futuro professor para o ensino da língua espanhola a outros brasileiros.
  • treinar o futuro professor para que continue aperfeiçoando seus conhecimentos de língua espanhola pelos próprios meios. 

Programa

1. Aproximação linguística global. A aprendizagem de uma língua estrangeira não se produz de uma forma linear, pela apropriação sucessiva dos seus diversos subsistemas, mas, antes pelo contrário, por meio de uma aproximação global que supõe necessariamente, nos momentos iniciais, uma simplificação considerável e uma exclusão das particularidades que não sejam percebidas como essenciais. O progresso consiste em ir preenchendo, matizando e enriquecendo a apreensão global do novo sistema de comunicação.

Mecanismos inconscientes da aprendizagem. O progresso não acontece só quando se fazem esforços conscientes para aprender, mas se produz também como resultado de mecanismos não conscientes que se ativam quando o aluno está envolvido numa situação de comunicação. A ativação destes mecanismos não conscientes requer um tipo de atividades de aprendizagem durante as quais o aluno não centra seus esforços no código linguístico mesmo, mas na tentativa de compreender e transmitir informações no seio de uma situação comunicativa.

Preparação para o estágio de observação geral. Análise do processo da apreensão global por parte do aprendiz. Mecanismos conscientes e inconscientes de ensino e aprendizagem observados em alunos e professores.

2. Estágio de observação geral.

3. Estágio de observação geral.

4. A aprendizagem de uma língua estrangeira: sistema elaborado complexo e gradativo. O ensino e a aprendizagem de uma língua estrangeira não devem ser considerados unidades elementares de conteúdo a serem perfeitamente apreendidas antes de passar às seguintes, mas um sistema de comunicação elaborado cuja complexidade e potencial comunicativo se incrementam gradativamente.

Importância das atividades receptivas. As atividades receptivas desempenham um importante papel na aprendizagem de uma língua estrangeira. Os mecanismos responsáveis pelo processamento da informação operam de uma forma eficaz mesmo quando o aluno não está produzindo alocuções. Nos primeiros momentos da aprendizagem de uma língua estrangeira, há períodos de silêncio durante os quais o aluno nada produz. Este silêncio, porém, não pode ser interpretado como ausência de aprendizagem; oculta, em algumas ocasiões, uma intensa atividade não diretamente observável, que lhe permitirá, tempos depois, produzir alocuções que refletirão a representação interna do novo sistema linguístico construído ao longo dos períodos de silêncio.

Preparação para o estágio: diferenças e semelhanças entre o ensino das línguas estrangeiras e o ensino em geral.

5. Estágio de observação geral.

6. Estágio de observação geral.

7. Necessidades, interesses e motivações. O ensino do espanhol deve partir das necessidades, interesses e motivações dos estudantes para comunicar-se com falantes de espanhol e conhecer a realidade do mundo de língua hispana. É preciso planejar, por tanto, situações e atividades de aprendizagem ao longo das quais o estudante tenha oportunidade de utilizar a linguagem assimilada motivando-se, assim, para seguir ampliando e enriquecendo esta linguagem.

Preparação para o estágio: sinais concretos que tenham revelado necessidades, interesses e motivação do aluno em sala de aula; técnicas usadas pelo professor para suscitar estes sentimentos.

8. Estágio de observação geral.

9. Estágio de observação geral.

10. A comunicação efetiva. Qualquer atividade de aprendizagem carecerá provavelmente de sentido se o aluno envolvido nela não tiver algo para dizer ou escrever, algo que puder despertar o interesse dos interlocutores. Numa situação em que se fala sem ter nada para dizer, de uma maneira mecânica, não se produz autêntica comunicação, nem verdadeira aprendizagem. A mensagem e a negociação do significado constituem o miolo da comunicação; as formas linguísticas são apenas um meio. O falante de uma língua deve conhecer as regras que regem seu uso, mas deve adquirir, também e sobretudo, a capacidade de explorar o conhecimento dessas regras para conseguir uma comunicação efetiva. As técnicas destinadas a ativar o conhecimento da língua visando a produção de uma comunicação eficaz serão o elemento central do ensino.

Preparação para o estágio: observe a comunicação real entre alunos e professor e apresente indícios de sucesso ou de fracasso.

11. Estágio de observação geral.

12. Utilidade do que se aprende. É essencial que os alunos percebam que a atividade em andamento é de utilidade presente e vindoura. Para obter essa percepção, é preciso levar em consideração três pontos de referência básicos: a sala de aula, o mundo em nossa volta e o aluno. Quanto ao primeiro, é preciso conseguir que o professor e os alunos utilizem a língua estrangeira para comunicar-se durante a aula, pois ela constitui o verdadeiro canal de comunicação dentro da escola. O mundo atual proporcionará uma referência do tipo de situações nas quais os alunos irão utilizar a língua estrangeira estudada num futuro imediato ou próximo. Finalmente, os interesses e motivações dos alunos serão a mola propulsora das atividades.

Preparação para o estágio: observação sobre a utilidade do aprendido e o emprego do espanhol em sala de aula.

13. Estágio de observação específica.

14. O Desenvolvimento das habilidades linguísticas (compreensão auditiva, compreensão de leitura, expressão escrita e expressão oral). É outra das peças-chave no processo de aprendizagem. É importante que se desenvolvam de forma integrada e, para consegui-lo, convém planejar atividades que as contemplem e coordenem de modo harmonioso e natural. É preciso ter escutado e lido muitos textos em espanhol antes de poder falar e escrever com correção; por outro lado, o estudante pode controlar com relativa facilidade o que diz e escreve, mas não o que expressa seu interlocutor. A reflexão linguística servirá essencialmente como elemento aglutinador e ponto de referência dos conhecimentos linguísticos, e será sempre um meio de conseguir a competência comunicativa, mas nunca um fim em si mesma.

Preparação para o estágio: observação do desenvolvimento das destrezas lingüísticas em sala de aula.

15. Estágio de observação específica.

16. Aprendizagem autônoma. Conseguir que o aluno se torne autônomo, e que se responsabilize pelo próprio processo de aprendizagem, exige que lhe seja permitido participar das decisões relativas aos conteúdos e à avaliação da aprendizagem efetuada. A negociação e a auto-avaliação serão, pois, aspectos essenciais do trabalho em sala de aula.

Orientação para o estágio: observação das estratégias empregadas pelo professor para incutir nos futuros professores a urgência da aprendizagem autônoma.

17. Estágio de observação específica.

18. Interferências linguísticas, decorrentes da língua materna, na áreas da Fonologia e Ortografia. O aluno brasileiro que aprende espanhol tem a vantagem de entender com facilidade o que ouve. Mas é preciso prestar atenção à correta emissão e articulação de alguns sons que, quando negligenciados, podem retardar e, inclusive, impedir um correto aprendizado (Tome-se como referência o espanhol standard.). Eis os principais percalços:



  • fonemas segmentais vocálicos e suas transcrições ortográficas:
  • tendência a abrir as vogais / o / , / e /, em sílaba tônica [próspero, café];
  • tendência a relaxar as vogais / o /, / e / em sílaba átona, especialmente em fim de palavra [canto, bebe];
  • tendência a nasalizar todas as vogais, em sílaba tônica, diante de consoante nasal [cama, monta];
  • tendência a suprimir os ditongos ascendentes [viejo, nuevo];
  • tendência a incluir um / i / em alguns contextos [estáis, cantadi]

Preparação para o estágio:

  • durante a unidade de observação 19, observe as interferências fonéticas segmentais (de emissão vocálica) de algum aluno;
  • durante a unidade de observação 20, preste atenção às interferências ortográficas decorrentes das interferências fonéticas de algum aluno.

19. Estágio de observação específica.

20. Estágio de observação específica.
21. Interferências linguísticas decorrentes da língua materna na áreas da Fonologia e Ortografia
Fonemas segmentais consonantais e suas transcrições ortográficas:


  • tendência a converter o fricativo bilabial sonoro / / em oclusivo bilabial sonoro / b / [ Me llamo Bárbara];
  • tendência a converter o fricativo interdental sonoro / / em oclusivo dental sonoro / d / [encantada];
  • tendência a converter o aproximante velar sonoro / / em oclusivo velar sonoro / g / [mucho gusto];
  • tendência a confundir o fricativo interdental surdo / q / com o fricativo alveolar surdo / s / [cerveza];
  • tendência a confundir o fricativo interdental surdo / q / com o fricativo alveolar sonoro / z / [zapato];
  • tendência a converter o fricativo velar surdo / x / em fricativo velar surdo aspirado / h / [jamás];
  • tendência a confundir o fricativo velar surdo / x / com o vibrante alveolar sonoro múltiplo / r / [ jamón];
  • tendência a converter o oclusivo bilabial sonoro / b / em fricativo labiodental sonoro / v / [vaca];
  • tendência a converter o africado palatal surdo /  / em fricativo palatal surdo / /; [chocolate];
  • tendência a converter o nasal palatal sonoro / / em nasal velar sonoro / / [ España];
  • tendência a converter o lateral alveolar sonoro / l / em lateral velar sonoro / / [total];
  • tendência a converter o vibrante alveolar sonoro simples / r / e múltiplo / r / em vibrante velar sonoro / / [Recife];
  • tendência a converter o fricativo alveolar e surdo / s / em fricativo alveolar sonoro / z / [casado];

Ao longo do estágio,

  • durante a unidade de observação 22, controle as interferências fonéticas consonantais de algum aluno.
  • durante a unidade de observação 23, preste atenção às interferências ortográficas decorrentes das interferências fonéticas consonantais de algum aluno.

22. Estágio de observação específica.

23. Estágio de observação específica.

24. Interferências linguísticas decorrentes da língua materna na áreas da Fonologia e Ortografia

  • A quantidade silábica e sua transcrição ortográfica:
  • tendência a alongar algumas sílabas, especialmente as tônicas, quando a vogal fica em posição livre [canta:ba], [dormi:a], [horroro:so];
  • tendência a encurtar algumas sílabas em fim de palavra, especialmente as átonas, quando a vogal fica em posição livre [canto];
  • tendência a alongar tritongos [Uruguay];
  • pausas: o aluno brasileiro tende a alongar pausas que para o espanhol são breves.
Preparação para o estágio: durante a unidade 25, preste atenção às interferências fonéticas de quantidade e ao seu reflexo ortográfico.

25. Estágio de observação específica.

26. Interferências linguísticas decorrentes da língua materna na áreas da Fonologia e Ortografia

  • O agrupamento de sons e sua transcrição ortográfica: dado que o espanhol se caracteriza por fusões vocálicas – que resultam em sinalefas [voy(a)andar; este(e)s Klaus] e sinéreses [quieroacabar] – e por junções vocálico / consonantais [tambiénesestudiante] frequentes; e devido à menor ocorrência deste fenômeno fonético em português, é preciso insistir na sua correta emissão e articulação.
Preparação para o estágio: observe as interferências de juntura e o seu reflexo ortográfico.

27. Estágio de observação específica.
28. Interferências linguísticas decorrentes da língua materna na áreas da Fonologia e Ortografia


  • A tonicidade e sua transcrição ortográfica: mesmo que as gramáticas nocionais hispano-portuguesas não apresentam divergências teóricas quanto à tonicidade, caracterizando como átonas as partículas de enlace (preposições e conjunções), os artigos definidos e os adjetivos determinativos ou determinantes, na comunicação coloquial informal, nota-se a tendência do brasileiro ao destaque dos artigos determinados [él niño, niña], dos determinantes possessivos [ padre, nstro hijo), de algumas preposições [pór, pára] e conjunções [aúnque]. Percebe-se, também, sua propensão a acentuar a primeira sílaba das palavras polissílabas castelhanas [náturalmente, géneralmente];

Preparação para o estágio: durante a unidade 29, preste atenção às interferências de intensidade e aos seus reflexos na acentuação ortográfica.

29. Estágio de observação específica.

30. Interferências linguísticas decorrentes da língua materna na áreas da Fonologia e Ortografia


  • A entonação e sua transcrição ortográfica. Em períodos interrogativos, o brasileiro encontra dificuldades para expressar matizes de indagação neutra, surpresa ou censura, pelo uso apropriado da entonação ascendente e descendente, que só com uma prática monitorada conseguirá superar. É preciso destacar a propensão do espanhol coloquial para a entonação ascendente e descendente mais brusca do que em português.
Preparação para o estágio: durante a unidade 31, preste atenção às interferências entonativas e ao seu reflexo ortográfico.

31. Estágio de observação específica.

32. Interferências linguísticas decorrentes da língua materna na área da Semântica: muitos vocábulos hispano-lusos, devido à sua semelhança fônica ou gráfica, parecem fáceis de entender, mas, de fato, escondem perigosas armadilhas de sentido ou significado, pois nelas se misturam campos léxicos (de sentido conceitual) e semânticos (de significado, fruto de relações léxicas, de denotações e conotações). Podemos distinguir duas espécies de falsos amigos léxicos:

  • o tipo mais óbvio de palavras insidiosas é o constituído por termos que, apesar de sua semelhante ou idêntica forma, não oferecem nenhum significado comum às duas línguas confrontadas. É o que acontece, por exemplo, com palavras como abate, oca, pala, jaca, suceso, alargar, abono, acostar..;
  • o mais comum, porém, é a existência de palavras que têm o mesmo sentido, mas diverso significado ( ex.: enfadado) ou alguns significados comuns e outros diferentes ( ex.: pasear / passear), dependendo da teia relacional de cada lexia, ou da sua contextualização. Às vezes, o problema decorre da frequência de uso: o adjetivo torpe, por exemplo, em espanhol é mais usado com o valor de falto de habilidad, que se mueve con dificultad e, em português, com o de "impúdico, desonesto, infame, vergonhoso"; o que não significa que a palavra não tenha os mesmos valores predominantes nas duas línguas.
Preparação para o estágio: durante a unidade 33, preste atenção às palavras e expressões aparentemente iguais, mas de diversos significados nas duas línguas.

33. Estágio de observação específica.

34. Orientações sobre o grau de dificuldade da língua usada em sala de aula.
A língua usada em sala de aula estará constituída por
  • o discurso interativo próprio da aula.
  • as produções dos alunos.
  • documentos autênticos (icônicos, escritos, orais, mistos...).
  • material didático, sempre que nele se respeitem os princípios que regem a comunicação autêntica (num diálogo, por exemplo, devem existir implícitos situacionais).

O grau de dificuldade é de suma importância para o aluno. A teoria atual sobre o aprendizado de línguas considera que este se dá ao produzir-se um desnível entre o que já se sabe e o que ainda não se aprendeu. Se não existir desnível, não haverá aprendizagem e se o desnível for excessivo, tampouco. Nesta área de desenvolvimento, a intervenção do professor é crucial. Portanto, a língua usada em sala de aula deverá situar-se um pouco além do nível do domínio do aluno. Às vezes, haverá defasagens; então, será preciso graduar a tarefa para que se corresponda ao seu patamar. Convirá, pois, dispor de uma ampla gama de atividades dentro da mesma tarefa para que cada participante possa realizá-la segundo suas possibilidades.

Preparação para o estágio: durante a unidade 35, preste atenção ao nível de língua usada em sala de aula.

35. Estágio de observação específica.

36. A missão fundamental do professor é criar as condições adequadas para que se produza a aprendizagem; deverá ele, portanto, auxiliar os alunos na consecução da sua competência comunicativa. Para conseguir isso, ajuda-los-á a desenvolver seu sistema linguístico com atividades específicas; e sua capacidade de entrosamento verbal, com atividades comunicativas num ambiente distendido onde os alunos participem da tomada de decisões sobre a aprendizagem. Igualmente, contribuirá para que sejam copartícipes no processo, analisando seus próprios problemas e chegando a soluções com a ajuda dos colegas.

O professor não deve estar constantemente à frente da turma explicando ou dirigindo a atividade, mas tem que preparar e organizar o trabalho oral e escrito dos alunos e conseguir que estes o realizem em plenário, em pequenos grupos, em duplas ou de modo individual. Ao longo das atividades, o professor ficará ao seu dispor para possíveis consultas.

No que diz respeito à correção de erros, pode-se dizer, a modo de orientação, que, quando o aluno estiver expressando-se oralmente, ser-lhe-ão corrigidos fundamentalmente os que incidirem na compreensão da mensagem, sem interrompê-lo, ou seja, ao término de fala. Na expressão escrita, exigir-se-á uma maior correção formal, distingindo falhas de erros.

O professor fomentará as atitudes positivas face à língua, a colaboração dos alunos entre si e a ele próprio, para criar um clima relaxado, já que os fatores emocionais são de grande importância no processo da aprendizagem; e manterá o interesse da turma variando o tipo de tarefas marcadas, os materiais e sua organização.

A metodologia ativa e interacionista considera o aluno protagonista da sala de aula; trata-se, portanto, de conseguir que não se torne um elemento puramente passivo e receptivo, mas que intervenha diretamente em todas as atividades. O objetivo fundamental é conseguir que se sinta responsável pelo seu próprio processo de aprendizagem. Para atingir esta finalidade, convém que opine sobre diversos temas relacionados com a aquisição de conhecimentos e destrezas linguísticas: tipo de atividades que considera mais úteis, avaliação do próprio progresso, deficiências encontradas em si mesmo...

Se o professor tomar todas as iniciativas, o aluno o responsabilizará pelos resultados obtidos; mas, se ele mesmo participar na tomada de decisões, colaborando na caminhada da turma, sentir-se-á coparticipante e assumirá mais facilmente os próprios erros e acertos. Trata-se, pois, de viabilizar a participação ativa dos estudantes. O trabalho em grupos e em duplas poderá ser uma solução para conseguir que os alunos pratiquem o espanhol, oralmente e por escrito, num clima de colaboração. A participação ativa, porém, não se consegue unicamente trabalhando em grupo e falando. O aluno deve permanecer ativo ao escutar e ao ler. Para certificar-se de que isto de fato aconteça, convirá explicar a cada um, antes de começar, qual a tarefa a ser desenvolvida durante as leituras e exercícios de compreensão auditiva, de modo que possa centrar sua atenção da maneira eficaz.

É importante observar os indícios que revelem o tipo de atitude do estudante em sala de aula. Parece que o bom aluno, aquele que aprende de forma efetiva, 
  • tem um forte desejo de comunicar-se na língua estudada e o faz sempre que pode.
  • arrisca-se a cometer erros para aprender.
  • mostra-se disposto a praticar.
  • interessa-se pelo funcionamento da língua.
  • corrige suas próprias produções orais e escritas e as compara com as formas corretas.
  • concentra-se no significado e na sua transmissão.
  • dispõe-se a prever e a formular o funcionamento da língua.


Se o professor fomentar estas atitudes e estratégias e se o aluno for consciente de que, adotando-as, melhorará seu aprendizado, é possível que as ponha em prática paulatinamente.

Finalmente, o aluno deve transmitir ao professor valiosa informação sobre seu processo de aprendizagem, externando opiniões sobre as atividades realizadas e sobre o próprio processo; assim, o professor poderá retificar erros e ajustar mais seu trabalho docente às necessidades dele.

Preparação para o estágio: durante a unidade 37, preste atenção às condições de ensino criadas pelo professor, à sua preparação e organização do trabalho oral e escrito, ao modo como fomenta as atitudes positivas e à sistemática de correção de erros; e aponte indícios que mostrem o tipo de participação do aluno em sala de aula.

37. Estágio de observação específica.

38. Preparação do relatório final. Temas a serem preparados pelos alunos a partir dos estágios de observação geral e específica de língua espanhola:

  • a aproximação linguística global;
  • os mecanismos inconscientes da aprendizagem;
  • aprendizagem de uma língua estrangeira: sistema elaborado consciente e gradativo;
  • as atividades receptivas;
  • necessidades, interesses e motivações do aluno;
  • interferências fonéticas oriundas da língua materna;
  • interferências morfossintáticas oriundas da língua materna;
  • interferências semânticas oriundas da língua materna;
  • grau de dificuldade no processo de ensino / aprendizagem;
  • condições de ensino;
  • participação do aluno.

39. Relatório final (em espanhol)


  • ¿Qué significa que a lo largo del proceso de aprendizaje la aproximación lingüística debe ser global? (100-150 palabras).
  • Exponga, con ejemplos, algunos mecanismos inconscientes de aprendizaje (100-150 palabras).
  • Para el domínio de una lengua extranjera, ¿basta dominar los mecanismos inconscientes?; ¿es necesario asimilar algún sistema? Explíquese y ponga ejemplos (150-200 palabras).

40. Relatório final (em espanhol).

  • Comente esta afirmación: los alumnos sólo asimilan verdaderamente una lengua extranjera cuando la hablan y la escriben (150-200 palabras).
  • ¿Qué tipo de expectativas hay que suscitar en el alumno para que enfrente con provecho la tarea de aprender una segunda lengua? Aduzca ejemplos (150-200 palabras).
41. Relatório final (em espanhol).


  • Comente esta afirmación: los estudiantes de español que viven en el Nordeste del Brasil no deben preocuparse mucho con lo que aprenden, pues nunca van a utilizar los conocimientos adquiridos, ya que no existen países limítrofes de lengua castellana y el Mercosur queda muy lejos (150-200 palabras).
  • Comente la afirmación: las clases de lengua española deberían impartirse en portugués, que es la lengua oficial del país. ¡Basta de colonialismos! (150-200 palabras).
42. Relatório final (em espanhol).


  • Cite las interferencias fonéticas segmentales más corrientes entre los brasileños aprendices de español y su reflejo ortográfico ¿Qué ejercicios fonéticos se pueden proponer para prevenirlas? (150-200 palabras).
  • Cite las interferencias fonéticas suprasegmentales más corrientes entre los brasileños aprendices de español y su reflejo ortográfico ¿Qué ejercicios fonéticos se pueden proponer para prevenirlas?(150-200 palabras).
43. Relatório final (em espanhol)

  • Usted ha sido invitado para dictar un curso de español de 30 horas de duración para estudiantes de primer grado de una escuela pública de Recife; ¿cómo procedería para montar el programa?(350-400 palabras).
44. Relatório final (em espanhol).

  • ¿Qué discurso pronunciaría Ud. el día de la fiesta de clausura del Curso de Licenciatura en Lengua Portuguesa y Española? (350-400 palabras).
45. Entrevista final do aluno com o professor orientador. Resultado dos relatórios.Avaliação conjunta


  • da habilidade e destreza no uso falado e escrito da língua espanhola;
  • do nível de elaboração e assimilação do sistema linguístico castelhano;
  • dos conhecimentos teóricos sobre a prática do ensino de língua espanhola.
 Resultado final.

=============

Outros temas abordados em Prática 1


Didáctica


  • de la fonética (vocales, consonantes, prosodia, lectura en voz alta).
  • de la ortografía (división silábica, signos ortográficos, acentuación).
  • de la semántica lógica y lingüística.
  • de la morfosintaxis.
  • de la conversación.
  • de los géneros literarios. Producción de textos.
  • de la poesía.

El laboratorio de lenguas.
Ética para profesores.
El trabajo en grupos.
Impostación de la voz. Retórica.
El uso de la pizarra, del ordenador (especialmente del Power Point).
Sites de la Internet útiles al professor.

Recife, 11 de agosto de 2010.
Baixe essas informações clicando aqui.

Nenhum comentário:

Postar um comentário